segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Marilyn Manson - "This is Halloween"



 Em dia de Halloween ou dia das Bruxas, apetece-me lembrar este começo fulgurante do filme "The Nightmare Before Christmas" de 1993, que nasceu das ideias malucas de Tim Burton e foi realizado por Henry Selick. A música foi composta por Danny Elfman e esta é uma versão do "This is Halloween" cantada por Marilyn Manson.

"The Nightmare Before Christmas" (1993)

Marilyn Manson com a sua gata Lily White, foto de Nela Koenig

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"Mouseland"



 Numa altura em que os portugueses vão sentir cada vez mais as medidas de austeridade que se anunciam em catadupa (vamos lá ver se não nos afogamos todos), convém lembrar este filminho muito curioso.
A fábula Mouseland foi inicialmente contada por Clarence Gillis e mais tarde popularizada em discurso por Tommy Douglas (1904-1986), político canadiano. A fábula expressava a visão de que o sistema político canadiano estava viciado, pois oferecia aos eleitores um falso dilema: a escolha de dois partidos, dos quais nenhum representava os interesses do povo.
Na fábula, os ratos (o povo canadiano) votavam nos gatos negros (Partido Progressivo Conservador) e depois de algum tempo descobriam o quão difícil suas vidas eram. Depois votavam nos gatos brancos (Partido Liberal) e assim ficavam alternando entre os dois partidos.
As legendas referem Portugal em vez do Canadá, numa adaptação do discurso à nossa realidade. E no vídeo os ratos chamam bolchevique ao revolucionário e a tradução refere comunista, o que bem vistas as coisas vai dar ao mesmo, mas eu gosto da palavra bolchevique...
A animação ficou a cargo de Kevin Durkee e Ted Healey e é de 1992.

Como vocês vão poder ver, este vídeo fez-me lembrar uma frase que aparece no filme "O Destino" realizado pelo egípcio Youssef Chahine em 1997, mesmo antes do filme terminar :

"As ideias têm asas, nada pode impedi-las de voar."

"O Destino" de Youssef Chahine (1997)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Amy Winehouse - "October Song"



 Aqui está um vídeo da Amy, ainda sem a marca do abuso de substâncias nocivas para o organismo. Eu já tinha publicado o "Fuck Me Pumps", antes dela desaparecer, mas nunca é demais recordar. O tema deste vídeo faz parte do álbum "Frank" editado em 2003. Vemos uma Amy com um corpo muito atraente e ainda, apenas, com uma tattoo visível no braço que segura o microfone. Imagem bem diferente daquela a que nos habituámos. Não parece a mesma pessoa. Reparem bem na inocência dos últimos segundos deste vídeo, onde a vemos beber água de uma garrafa de plástico, antes de anunciar o nome da música que interpretou.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Supagroup - "What's Your Problem?"



Os Supagroup vão estar hoje no Music Box do Cais do Sodré.
Muito rock & energia é o que se espera.
Eu vou estar no jantar de anos da minha tia, a encher a pança!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Bonnie 'Prince' Billy - "I Am Goodbye"



 Bonnie 'Prince' Billy é o nome artístico de Will Oldham, e esta personagem actua hoje no Teatro Maria Matos em Lisboa. Sorte daqueles que compraram os bilhetes antes deles desaparecerem.

"Caminho devagar, numa direcção que me parece ir ter ao lugar do encontro, sem escolher as ruas."
                                          in "O Estádio de Wimbledon" de Daniele del Giudice (1983)

domingo, 23 de outubro de 2011

Manuel da Fonseca (1911-1993)



 Este vídeo reproduz o som e a imagem de um disco chamado "pretextos para dizer..." editado em 1978, com voz de Mário Viegas (1948-1996) e música de Luís Cília. Trata-se do poema "Domingo" de Manuel da Fonseca, um dos meus poemas preferidos. Curiosamente, este ano na Festa do Avante, comprei uma t'shirt com uma ilustração linda em homenagem a este poeta, numa banca muito simpática de Santiago do Cacém. Quando vi a t'shirt fiquei com um sorriso parvo e indisfarçável, o que deixou surpreendida quem estava comigo naquela altura. Achei delicioso que tenha sido num Domingo, este encontro feliz com uma homenagem que posso vestir para recordar este poeta.

Manuel da Fonseca nos anos 80, fotografado por Rui Pacheco
DOMINGO

Quando chega domingo,
faço tenção de todas as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida.

Há quem vá para o pé das águas
deitar-se na areia e não pensar…
E há os que vão para o campo
cheios de grandes sentimentos bucólicos
porque leram, de véspera, no boletim do jornal:
«Bom tempo para amanhã»…
Mas uma maioria sai para as ruas pedindo,
pois nesse dia
aqueles que passeiam com a mulher e os filhos
são mais generosos.

Um rapaz que era pintor
não disse nada a ninguém
e escolheu o domingo para se matar.
Ainda hoje a família e os amigos
andam pensando porque seria.
Só não relacionam que se matou num domingo!

Mariazinha Santos
(aquela que um dia se quis entregar,
que era o que a família desejava,
para que o seu futuro ficasse resolvido),
Mariazinha Santos
quando chega domingo,
vai com uma amiga para o cinema.
Deixa que lhe apalpem as coxas
e abafa os suspiros mordendo um lencinho que sua mãe lhe bordou,
quando ela era ainda muito menina…

Para eu contar isto
é que conheço todas as horas que fazem um dia de domingo!
À hora negra das noites frias e longas
sei duma hora numa escada
onde uma velha põe sua neta
e vem sorrir aos homens que passam!
E a costureirinha mais honesta que eu namorei
vendeu a virgindade num domingo
— porque é o dia em que estão fechadas as casas de penhores!

Há mais amargura nisto
que em toda a História das Guerras.
Partindo deste principio,
que os economistas desconhecem ou fingem desconhecer,
eu podia destruir esta civilização capitalista, que inventou o domingo.
E esta era uma das coisas mais belas
que um homem podia fazer na vida!

Então,
todas as raparigas amariam no tempo próprio
e tudo seria natural
sem mendigos nas ruas nem casas de penhores…

Penso isto, e vou a grandes passadas…
E um domingo parei numa praça
e pus-me a gritar o que sentia.
mas todos acharam estranhos os meus modos
e estranha a minha voz…
Mariazinha Santos foi para o cinema
e outras menearam as ancas
— ao sol como num ritual consagrado a um deus! —
até chegar o homem bem-amado entre todos
com uma nota de cem na mão estendida…

Venha a miséria maior que todas
secar o último restolho de moral que em mim resta;
e eu fique rude como o deserto
e agreste como o recorte das altas serras;
venha a ânsia do peito para os braços!

E vou a grandes passadas
como um louco maior que a sua loucura…
O rapaz que era pintor
aconchegou-se sobre a linha férrea
para que a morte o desfigurasse
e o seu corpo anónimo fosse uma bandeira trágica
de revolta contra o mundo.
Mas como o rosto lhe estava intacto
vai a família ao necrotério e ficou aterrada!
Conheci-o numa noite de bebedeira
e acho tudo aquilo natural.

A costureirinha que eu namorei
deixava-se ir para as ruas escuras
sem nenhum receio.
Uma vez que chovia até entrámos numa escada.
Somente sequer um beijo trocámos…
E isto porque no momento próprio
olhava para mim com um propósito tão sereno
que eu, que dela só desejava o corpo bem feito
me punha a observar o outro aspecto do seu rosto,
que era aquela serenidade
de pessoa que tem a vida cheia e inteira.
No entanto, ela nunca pôs obstáculo
que nesse instante as minhas mãos segurassem as suas.
Hoje encontramo-nos aí pelos cafés…
(ela está sempre com sujeitos decentes)
e quando nos fitamos nos olhos.
bem lá no fundo dos olhos,
eu que sou homem nascido
para fazer as coisas mais heróicas da vida
viro a cabeça para o lado e digo:
— rapaz, traz-me um café…

O meu amigo, que era pintor,
contou-me numa noite de bebedeira:
— Olha, quando chega domingo,
não há nada melhor que ir para o futebol…
E como os olhos se me enevoassem de água,
continuou com uma voz
que deve ser igual à que se ouve nos sonhos:
— …. no entanto, conheço um homem
que ia para a beira do rio
e passava um dia inteirinho de domingo
segurando uma cana donde caia um fio para a água…
… um dia pescou um peixe,
e nunca mais lá voltou…

O pior é pensar:
que hei-de fazer hoje, que toda a gente anda alegre
como se fosse uma festa?…
O rapaz que era pintor sabia uma ciência rara,
tão rara e certa e maravilhosa
que deslumbrado se matou.

Pago o café e saio a grandes passadas.
Hoje e depois e todos os dias que vierem,
amo a vida mais e mais
que aqueles que sabem que vão morrer amanhã!

Mariazinha Santos,
que vá para o cinema morder o lencinho que sua mãe lhe bordou…
E os senhores serenos, acompanhados da mulher e dos filhos,
que parem ao sol
e joguem um tostão na mão dos pedintes…
E a menina das horas longas e frias
continue pela mão de sua avó…
E tu, que só andas com cavalheiros decentes,
ó costureirinha honesta que eu namorei um dia,
fita-me bem no fundo dos olhos,
fita-me bem no fundo dos olhos!

Então,
virá a miséria maior que todas
secar o último restolho de moral que em mim resta;
e eu ficarei rude como o deserto
e agreste como o recorte das altas serras:
e virá a ânsia do peito para os braços!

Domingo que vem,
eu vou fazer as coisas mais belas
que um homem pode fazer na vida!

Manuel da Fonseca

sábado, 22 de outubro de 2011

Sun Airway - "Put the Days Away"



 Um dos meus melhores amigos da adolescência era fascinado pela interpretação dos sonhos. Tentava sempre explicar o que eu tinha sonhado na noite anterior como se fosse a coisa mais natural do mundo. Eu confesso que não ligava muito ao que ele dizia, em relação a algo que sempre achei inexplicável, mas o seu entusiasmo era contagiante. Baseava-se em livros que tinha lá por casa e argumentos não lhe faltavam. Eu achava-o parecido com o Homer Simpson (sem barriga) e pus-lhe a alcunha de Simpson. Na escola e entre os nossos amigos a alcunha pegou, e já ninguém o tratava por Nuno. Uns anos mais tarde, já mais crescidinhos, uma namorada que tive que é ceramista, fez-lhe um busto lindo do Homer e a namorada dele comoveu-se com o gesto. Estas memórias arrepiam-me. E talvez sinta isso porque tenho saudades de alguém que não sei onde está. Porventura devido ao isolamento em que caio, de vez em quando, perdi o rasto ao Simpson... e não fui só eu. Dos amigos dessa altura com quem ainda falo, ninguém sabe do paradeiro desta personagem. O contacto que ele tinha já não existe. Esperamos todos que nada de mal lhe tenha acontecido. Lembro-me que o irmão dele, na altura muito jovem, estava a aprender a tocar bateria. Talvez já seja baterista nalgum grupo que eu gosto e não o reconheça agora.
Vi hoje um documentário sobre o Artista Fernando Bento, realizado por Francisco Torres do Vale, transmitido na RTP2, onde mostra uma BD deste autor sobre o "Michel Strogoff" de Júlio Verne. Pois bem, lembro-me perfeitamente de estar a estudar com o Simpson e ele interromper, de vez em quando o estudo, para ler mais um pouco esta obra de Júlio Verne. Era uma espécie de fôlego que ele necessitava... e como eu o compreendo hoje.
Lembrei-me de novo dele por causa deste vídeo dos Sun Airway que tocam a esta hora no Music Box do Cais do Sodré. Vídeo sobre sonhos e outras coisas estranhas realizado por Ricardo Rivera.

(Nota à parte: malditas lâmpadas económicas que dão um sono do caraças! Tenho que fazer como a Maria Filomena Mónica e armazenar umas quantas lâmpadas antigas, para não ter que continuar a passar por esta neblina económica...). (Nota politicamente incorrecta).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

1 Ano de Blog!


 "New happy birthday song?" dos Nofx.

Faz hoje um ano que eu publiquei o primeiro post neste blog. Na altura pensei em algo ligado à poesia que conheço e que tanto me fascina como leitor. Confesso que as ideias se foram alterando, conforme fui descobrindo o mundo dos blogs de forma mais pormenorizada. Eu quero fazer deste espaço algo que reflicta aquilo que eu sou. As minhas fragilidades, as minhas angústias, as minhas inseguranças, os meus gostos, as minhas opiniões, as minhas parvoíces. Eu sei que estou muito embrutecido e que escrevo cada vez pior. A minha sintaxe sofrível pode ser sentida no pouco que escrevo por aqui. Sinal de que leio pouco em comparação ao que já li. Sinal de que aproveito muito mal os dias que se esgotam com coisas miseráveis de uma vidinha que se leva.
Fui viciado em Cinema e hoje raramente vejo um filme. Fui viciado na leitura e hoje raramente leio um livro. Fui viciado nos jornais e hoje raramente sujo as mãos nesse papel. Fui viciado no Amor e hoje estou mais sozinho do que nunca. Fui viciado na Discussão Política e hoje já não tenho pica para manter uma conversação animada e estimulante. Fui viciado no Sol e nem isso eu tenho aproveitado como aproveitava. Pareço um velho a falar? Reconheço-me na música "O Holandês Voador" dos Rádio Macau, que continua a não estar disponível no You Tube...
Dizem que eu sou novo, mas eu não espero muito da vida. Espero apenas conseguir voltar a um equilíbrio energético que me proporcione fazer aquilo de que goste mais, sem dar explicações a ninguém. Quanto ao resto, quero que tudo se f...! O "No Future" que os Punks gritaram nos anos 70 está cada vez mais actual para mim. É apenas isso e o dia a dia que tem de ser melhor aproveitado, como noutros tempos.
Obrigado por visitarem "A convicção da dúvida"!
Mil beijos & abraços.
 (Voltem Sempre!)

A Marilyn assopra por mim
Cartoon de Pablo Carranza
Cartoon de V S Hixson
Tira de Daniel Franklin
Cartoon de Doug Savage
Cartoon de Danziger

sábado, 15 de outubro de 2011

NOFX - "a perfect government"



 "Even if it's easy to be free/ what's your definition of freedom?/ (...)"
 "How did the cat get so fat?/(...)"
 "It's all about the money/ political power is takin/ protecting the rich, denying the poor"
 "Yeah, they love to watch the war / how can they sleep at night?"
 "How did the cat get so fat?" (!!!!!!!!!!!!!!!)
  Cá estou eu a transcrever apenas parte das letras das músicas. É para dar relevo ao que me interessa. Há quase 24 horas que estou acordado, por isso não prometo que esteja na manifestação anunciada pelo cartaz acima. São coisas da vidinha que se leva... Ainda assim, arranjei mais um pretexto para publicar mais um vídeo do meu grupo preferido.
Lutem pelos vossos direitos! Hasta la vista!

Badly Drawn Boy - "Year of the Rat"



 Preciso cada vez mais de abraços.
Badly Drawn Boy é o nome artístico do inglês Damon Gough. Este "Year of the Rat" faz parte do álbum "One Plus One is One" de 2004.
O vídeo foi realizado por Monkmus.

BD de Alexandre Affonso

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Annie Ross - "Twisted"



 Hoje quando cheguei do trabalho, fiz tudo ao som do Jazz mais delicioso que existe... A minha grande aproximação ao Jazz foi feita através dos filmes do Woody Allen. Descobri imenso ao ouvir as bandas sonoras desses deliciosos filmes. Até que há uns dez anos comprei uma edição em CDs com essa música dos filmes compilada, e depois outra edição, e mais que venham... É evidente que a partir daí ouvi estes CDs vezes sem conta e finalmente pude ter a certeza do que estava a ouvir. Arrumar a roupa & louça lavada com este som de fundo, fez-me voltar a deliciar com algo que, entretanto, já não ouvia há algum tempo. Até parece que as plantas ficaram com melhor "cara", não por causa da água que lhes pus, mas por certo embaladas neste ritmo irresistível. Uma destas delícias é a fantástica Annie Ross com este "Twisted". Ao que parece, são imagens de um programa de TV de 1959, onde podemos ver um Tony Bennett sorridente, com a interpretação desta Diva, no minuto 1:20; e onde também podemos ver e ouvir Count Basie no piano.

domingo, 9 de outubro de 2011

Roger Sanchez - "Another Chance"



 Tema de 2001. Vídeo realizado por Philippe Andre. A menina do coração nas mãos é a Kelly Hutchinson.

Tira de Liniers

SOBRE O LADO ESQUERDO

     De vez em quando a insónia vibra com a nitidez dos sinos, dos cristais. E então, das duas uma: partem-se ou não se partem as cordas tensas da sua harpa insuportável.
     No segundo caso, o homem que não dorme pensa: "o melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim, deslocando todo o peso do sangue sobre a metade mais gasta do meu corpo, esmagar o coração."
                                                                                   Carlos de Oliveira in "Sobre o Lado Esquerdo" (1968)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rádio Macau - "Acordar"



 Tema que dá nome ao álbum de 2003 dos Rádio Macau.

"Não parti mas já não sei voltar/ ando às voltas a esquecer quem sou/ bebo a noite até o sol chegar/ (...)".

Vídeo realizado por Pedro Cláudio.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quinteto Tati - "Suor e Fantasia"



 Eu entrei em contacto com a música do J.P. Simões, na altura da edição do "Sex Symbol" (1995) dos Pop Dell'Arte, onde ele tocava guitarra. Mas só muitos anos mais tarde é que associei aquele guitarrista à personagem que ouvi muitas vezes através dos discos dos Belle Chase Hotel. Os Pop Dell'Arte são um grupo que admiro há imensos anos, os Belle Chase Hotel quando surgiram tiveram um impacto muito agradável no panorama musical português. Eu fiquei fascinado, e lembro-me de levar os cds deles para todo o lado nas minhas viagens. Não só nas deslocações, nos mais diversos transportes, mas também me lembro de os ouvir, por exemplo, na praia de Vila Nova de Mil Fontes numas férias, onde conheci a Carla Vasconcelos (5 Para a Meia-Noite), que é amiga de uma ex-namorada daquela altura. Histórias de puto...
Em 2004, comprei este cd dos Quinteto Tati, chamado "Exílio", que veio junto com uma edição do Diário de Notícias, e que se tratava da nova aventura musical de J.P. Simões.

"As tuas olheiras de cansaço dão um traço bem preciso ao sorriso que preenche todo o vasto espaço."
                                                                                              In "Suor e Fantasia", Quinteto Tati

Post publicado em dia de celebração da Implantação da República.
Viva a República!
Sou Republicano porque recuso o carácter hereditário do poder. Porque sou Cidadão e não súbdito.

Cartoon de Pedro Ribeiro Ferreira

Bonequinho que podem colorir à vossa vontade, inclusive alterando as cores da bandeira nacional, se isso estiver de acordo com o vosso pensamento acerca de Portugal.

O Zé assiste à discussão, acerca da bandeira nacional, entre Guerra Junqueiro(bandeira azul-branco) e Teófilo Braga(verde-rubra).

VIVA A REPÚBLICA !!!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Lilly Wood & The Prick - "This is a love song"



 Publiquei os dois posts anteriores porque este vídeo me fez lembrar aquela música dos PiL.
Lilly Wood & The Prick são uma dupla francesa formada por Nili Hadida e Benjamin Cotto.
O vídeo foi realizado por Mark Maggiori e Petecia Le Fawnhawk.
Single editado há uns meses.

Nouvelle Vague - "This Is Not A Love Song"



 Em 2004, no seu álbum de estreia, os franceses Nouvelle Vague fazem esta versão incrível da música dos PiL que publiquei no post anterior. É sem dúvida uma versão muito melhor que o original, caso raro no mundo das versões. O vídeo é de Artur Guarnieri.

PiL - "(This Is Not A) Love Song"



 Quando John Lydon apareceu em 1978 como vocalista dos PiL, houve certamente muito punk a torcer o nariz. Aquele que era um símbolo do início da rebeldia punk com os Sex Pistols, parecia estar a entrar noutras sonoridades que exigiam outra disponibilidade. Eu gosto muito dos Pistols, mas também me agradam bastante os álbuns dos Pil. Sim eu sei que este é um dos vídeos musicais mais patéticos de que tenho memória, mas por isso mesmo qualquer dia tinha que o publicar. Lembrei-me desta música por razões que explicarei nos próximos posts. Tema editado em 1983.
Em 1990 eles passaram por cá, e quem fez a primeira parte foram os Peste & Sida. Eu tive um colega de trabalho que conheceu de perto os Peste, eles eram de Sacavém, e lembro-me de ele contar que o grupo português deu uma caneca das Caldas ao Lydon, mas ele não achou piada à coisa... Ao que parece foi sempre muito antipático e pelos vistos não é apreciador daquele tipo de cerâmica (malandra)...

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Interpol - "Slow Hands"



Continuando na linhagem dos últimos posts, lembro-me que assisti ao Sporting/ A.S. Roma para a Liga dos Campeões num restaurante enquanto jantava, antes de ir ver os Interpol ao Coliseu de Lisboa. Lembro-me também que o Polga fez um autogolo já nos descontos e assim não ganhámos esse jogo tão importante (ficou 2-2). Por causa deste fervor futebolístico, não vi a primeira parte dos Blonde Redhead, mas vi inúmeras camisolas de adeptos do Sporting que chegavam mesmo a tempo de assistir ao concerto dos Interpol (curioso). Estávamos em 2007, ano louco de concertos aqui por Lisboa, ano louco também no meu trabalho onde me fodiam cada vez mais a cabeça. Eu procurava escapes, e os Interpol portaram-se bem num Coliseu cheio e entusiasta quanto baste.
Esta música faz parte do álbum "Antics" de 2004.

She Wants Revenge - "Tear You Apart"



 Como falei no post anterior de Peter Murphy, apetece-me referir um grupo dos dias de hoje que me faz lembrar Joy Division e Bauhaus. São estes She Wants Revenge que eu vi ao vivo no Festival Lisboa Soundz em 2006. Tocaram antes dos Dirty Pretty Things e dos Strokes. E mostraram um som muito bom. Tinham editado, há muito pouco tempo, o seu homónimo álbum de estreia, que eu já ouvia repetidamente naqueles dias que antecederam o concerto. Depois de actuarem, um dos membros do grupo, o Adam Bravin, foi assistir aos Dirty Pretty Things, mesmo ali à minha frente e passou praticamente despercebido por entre as pessoas. Este vídeo foi realizado por Joaquin Phoenix.

Peter Murphy - "Cuts You Up"



 Não fui ver o Peter Murphy ao Coliseu de Lisboa, onde ele actuava a noite passada. Fiquei por casa a deliciar-me com mais uma vitória do meu querido Sporting, e a aprender muita coisa com João Canijo no programa Câmara Clara, onde foi entrevistado por Paula Moura Pinheiro. Eu tive uma adolescência muito próxima destas sonoridades. Na altura já não existiam os Bauhaus, mas lembro-me desta música a bombar por aí... Na altura eu gostava de muita coisa que já não existia... Os Bauhaus são um exemplo. Contudo, conheço mal a aventura a solo deste protagonista gótico... fiquei-me pelo fascínio do grupo do qual ele foi vocalista, e com as memórias bem vivas do começo do filme "The Hunger" (1983) de Tony Scott, onde ele interpreta o fabuloso "Bela Lugosi's Dead". Ficou assim, Peter Murphy, no "frasquinho" da História do Cinema.
"Cuts You Up" é um tema de 1990, para muitos apreciadores trata-se de um cliché, de um autor que a solo é muitas vezes referido apenas por este tema...
Mastigo castanha do Maranhão, e bebo Whisky enquanto escrevo este post. Perdoem-me a sintaxe sofrível e espero que gostem desta música que sobreviveu ao tempo, e que continua a encantar muita gente.
Recuperando o que disse no princípio deste post, aconselho-vos a assistir à entrevista de João Canijo já referida e que está disponível no sítio da Câmara Clara, aqui na net. Para ilustrar um pouco melhor este dia, deixo-vos o cartaz do meu filme preferido deste Realizador. Uma obra-prima que nunca mais esquecemos.

Filme de João Canijo (2000)

domingo, 2 de outubro de 2011

diana e pedro - "as caixas e os cestos"



 Eu conheci a música da Diana e do Pedro quando comprei por valor simbólico os cds deles numa manifestação do 25 de Abril. Adquiri aquele som muito próprio numa mesinha improvisada ali no Rossio, onde estava a Eduarda Dionísio e o seu amigo inseparável do qual eu nunca me lembro o nome. Na altura ainda existia a Abril em Maio e aquelas delicias que estavam em cima da mesa, serviam para sustentar uma associação muito especial com actividades muito interessantes. Eu fui sócio dessa associação, ainda ela estava na Graça, num espaço muito pequeno, mas muito simpático. Depois mudou-se para o Regueirão dos Anjos, onde havia concertos, visionamento de filmes, leituras, debates, exposições, convívios... Parece-me que ainda existem por lá actividades interessantes, com outros nomes...
Os dois registos da Diana e do Pedro que conheci naquele dia, foram : "Os dois lados da cassete" (2004) e "Liberdade não é dada" (2006). Este tema que vos deixo, já foi gravado em condições ligeiramente melhores e um bocadinho menos caseiras, mas se "o rato" estivesse disponível no You Tube, seria esse o tema eleito para este post.

"destes cestos/ saltam bichos/ formam nichos de mercado/ regam flores regularmente/ como se fossem gente".

Vídeo de José Smith Vargas.

Interpretem como quiserem.

Bom Domingo!

sábado, 1 de outubro de 2011

Sérgio Godinho - "Liberdade"



Tema do álbum "à queima roupa" de 1974.